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Campanha Nacional de Combate ao Mau Hálito 2023

Publicado em : 06/10/2023

Autor : Dra. Karyne Magalhães

Os transtornos mentais se tornaram uma das principais preocupações de saúde para quase metade dos brasileiros. Essa taxa cresceu quase três vezes em apenas quatro anos, segundo dados da pesquisa Global Health Service Monitor, feita pelas empresas Ipsos em 34 países espalhados por todos os continentes. A maior preocupação com a saúde mental captada pelo estudo está relacionada com a pandemia que assolou todo o mundo e, de certa maneira, a covid-19 fez com que as doenças mentais e psíquicas ganhassem protagonismo e fossem mais discutidas abertamente. No entanto, não é de hoje que a pauta é motivo de preocupação, pesquisas, alertas e campanhas nas mais diversas áreas da saúde.
 
Insegurança, perda de espontaneidade, baixa autoestima e isolamento social são alguns dos sinais de que algo não vai bem no bem-estar emocional, psicológico e social das pessoas, e esses sintomas são frequentemente identificados por cirurgiões-dentistas em pacientes que acreditam sofrer com a halitose, o temido mau hálito. "A halitose é uma condição anormal dos odores expirados pelos pulmões, boca e narinas, que se alteram de forma desagradável. Não é uma doença, mas pode denunciar a ocorrência de alguma patologia, problema de saúde ou alteração fisiológica. O mau hálito é um sinal de que algo no organismo está em desequilíbrio. E assim como toda doença ou alteração fisiológica, sistêmica e bucal, a halitose tem tratamento e controle", explica a cirurgiã-dentista Karyne Magalhães, presidente da Associação Brasileira de Halitose (ABHA).
 
Conforme a especialista, essa alteração está, em 90% dos casos, relacionada a algum transtorno bucal, como a baixa salivação, doenças bucais ou até uma dieta desequilibrada. A presidente da ABHA ainda destaca a chamada halitose subclínica ou subjetiva, que ocorre quando há ausência de mau cheiro na boca, mas o paciente sente uma distorção do olfato e do paladar, que o fazem acreditar que tem mau hálito, quando na verdade não tem. "Não somos bons avaliadores do próprio odor. O olfato se adapta a qualquer cheiro, o que chamamos de fadiga olfatória. É o mesmo caso quando usamos um perfume há muito tempo e não nos damos conta mais do cheiro. E fazer essa avaliação a partir das reações das pessoas só serve para alimentar as inseguranças ", afirma a profissional qualificada em halitose.  
 
Esse é apenas um dos inúmeros efeitos negativos na vida das pessoas. Segundo Karyne, o medo e o isolamento social, resultando em transtornos psicológicos, são alguns deles, muitas vezes afastando o indivíduo do convívio social, afetivo e profissional. "Na maioria dos casos, a pessoa desenvolve ansiedade, depressão, alcoolismo, baixa autoestima, hábitos deletérios, como escovação excessiva dos dentes, limpeza exagerada da língua, e se torna dependente das gomas de mascar e balas para disfarçar o problema", conta.
 
Consequências Devastadoras

Há 28 anos atuando na área de halitose, sendo 18 deles dedicados às pesquisas sobre as consequências psicológicas que a queixa em ter halitose traz para a vida das pessoas, o cirurgião-dentista Maurício Duarte da Conceição ressalta o prejuízo avassalador que o problema pode causar na qualidade de vida dos pacientes. “Independentemente de ter halitose ou não, objetiva ou subjetiva, constante ou intermitente, a pessoa que tem queixa de mau hálito, em mais de 90% dos casos desenvolve consequências psicológicas da halitose severas. E mais de 50% desses pacientes têm sintomas típicos de ansiedade social, que se caracteriza principalmente por uma preocupação exacerbada com a opinião das outras pessoas e o medo de ser rejeitado e criticado. Essas pessoas começam a vigiar as atitudes das pessoas, acreditando que um gesto simples quanto mudar de posição, se afastando, durante uma conversa, pode relatar repugnância ao mau hálito que elas acreditam possuir, o que via de regra nao é real”, descreve o especialista.
 
Maurício conta que, muitas vezes, os pacientes que acreditam que têm mau hálito enxergam atos de discriminação, bullying e rejeição, mesmo quando não há. “Nesses casos, o isolamento social acaba sendo uma consequência. Eles ficam muito mais retraídos, menos espontâneos, cada vez mais introspectivos. Por isso, é importantíssimo falar sobre o mau hálito e, principalmente, sobre o que o mau hálito faz com a qualidade de vida das pessoas. O tratamento tem que abordar não só a halitose, mas a autoconfiança dos pacientes”, acrescenta.
 
Campanha Nacional
 
As consequências psicológicas que a halitose pode gerar é tema da Campanha Nacional de Combate ao Mau Hálito 2023: Mau hálito: silencioso, invisível e devastador. Promovida pela ABHA a partir do dia 22 de setembro, data que marca o Dia Nacional de Combate ao Mau Hálito, a ação acontecerá em todo país até 25 de outubro, dia em que se celebra o Dia Nacional do Cirurgião-Dentista. “As campanhas acontecem todos os anos para conscientizar a população e profissionais de saúde sobre os temas atuais da área. Nosso objetivo, dessa vez, é mostrar os efeitos negativos emocionais e psicológicos em quem tem receio e passa pelo problema, e instruí-los a saber o que fazer, qual profissional buscar, se pode usar ou não produtos populares a fim de resolver a situação. A nossa campanha quer estimular as pessoas a falarem sobre o assunto, já que essa é uma situação pela qual todos nós podemos passar. Quebrar paradigmas faz parte do nosso trabalho", finaliza Karyne. A campanha prevê palestras e ações sobre adequação dos hábitos diários para manutenção da saúde bucal e informações sobre tratamento direcionado, que possam tranquilizar o paciente.
 
Conheça a ABHA
 
A Associação Brasileira de Halitose, designada pela sigla ABHA (www.abha.org.br.), é uma Associação Civil, de direito privado, de caráter cultural e científico, sem fins lucrativos, religiosos ou políticos, constituída por um número ilimitado de associados e fundada na Bahia, em 1998. Neste ano, no dia 31 de outubro, a organização completa 25 anos de fundação. Atualmente é a principal referência quando se fala em halitose no Brasil, graças ao desempenho de seus diretores e membros, que trazem em cada ato a seriedade e, acima de tudo, o compromisso com a categoria odontológica e a população. Um dos objetivos é alertar a população contra o uso indevido de produtos que não possuem registro junto à ANVISA. Além de incentivar o desenvolvimento e aprimoramento de estudos e pesquisas na área de Halitose, contribuindo para o crescimento técnico e científico dos profissionais de diferentes áreas da saúde.




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